TRANSPLANTE CAPILAR
A calvície no homem é comum a partir de certa idade. Na maioria das vezes a alopécia androgênica é causada por influência do hormônio masculino. Hoje sabemos que existem áreas do couro cabeludo com código genético que estão predispostas para a calvície, enquanto outras áreas não possuem esta característica (nuca e laterais da cabeça). Seborréia, excesso de oleosidade, estresse, fumo e má alimentação também podem contribuir para o aparecimento da alopecia.
Procura-se uma solução para queda de cabelo desde a antiguidade, com formulações mágicas e perucas. Durante muito tempo utilizaram-se retalhos de couro cabeludo ou cirurgias com transplante tipo punchs que faziam lembrar um resultado tipo “cabelo de boneca”. O emprego de expansores cutâneos pode propiciar uma solução para a calvície que, contudo não promove densidade capilar. Todas essas soluções se demonstraram insatisfatórias. O transplante capilar através de enxertos foliculares veio a solucionar este problema, promovendo um resultado duradouro, eficaz e de aparência bem natural, além de não haver rejeição porque os cabelos implantados são do próprio paciente. Qualquer pessoa a partir dos 18 anos pode fazer um transplante capilar, com exceção de calvícies muito extensas, na qual a área doadora é muito pequena.
A alopécia androgênica é o tipo de calvície mais comum tanto no homem quanto na mulher (perda progressiva de cabelos do couro cabeludo devido a fatores genéticos e hormonais). Outras formas de calvície incluem as pós-traumáticas (queimaduras, escalpe) e pós-cirúrgicas (seqüelas de cirurgias estéticas e correções de transplantes antigos).
A alopecia varia de indivíduo a indivíduo tanto quanto à época de aparecimento quanto à sua localização e intensidade. Cada paciente deve ser estudado individualmente para que, se possível, propor um adequado tratamento com esclarecimento minucioso quanto aos resultados. Muitas vezes é necessário um acompanhamento dermatológico antes de uma indicação cirúrgica.
Dependendo do tipo e tamanho da alopecia, podem ser necessários mais de um procedimento cirúrgico para garantir um resultado satisfatório (é aconselhável que se aguarde pelo menos um ano antes de realizar outro procedimento). Outro fator que determina o sucesso da cirurgia e a densidade de cabelo da área doadora e a existência de cicatrizes no couro cabeludo.
Os folículos pilosos se comportam de formas diferentes dependendo de onde se encontram: são mais suscetíveis à ação hormonal na região anterior e ápice do couro cabeludo e menos na região da nuca (esse comportamento deste folículo piloso será mantido após o transplante).
A cirurgia é realizada sob anestesia local e sedação, em ambiente hospitalar com internação tipo “one day clinic”.
A cirurgia é realizada com anestesia local e leve sedação e inicia-se com a retirada de um segmento de couro cabeludo (da nuca ou da região lateral) do paciente, com cicatriz resultante pouco perceptível e bem escondida entre os cabelos. Na etapa seguinte este segmento de couro cabeludo é cortado em vários pequenos pedaços, cada um contendo de um a quatro folículos pilosos, envoltos por um anel de tecido que contem as glândulas sebáceas responsáveis pela oleosidade natural ao couro cabeludo, e que serão sucessivamente implantados, um a um, na área receptora. O crescimento é mais consistente, a cicatrização mais rápida e o resultado muito natural. O preparo dos folículos pode ser feito a olho nu ou com microscópio. Mini-enxertos (enxertos contendo em média 6 fios de cabelo) são colocados em áreas onde se procura dar densidade capilar e volume. A quantidade de enxertos, assim com a escolha do tamanho dos mesmos, dependerá, portanto, do caso a ser tratado e da experiência e bom senso do cirurgião. Dependendo da área a ser implantada, este procedimento pode durar até 6 horas.
Após algumas horas de repouso o paciente poderá retornar em casa, geralmente sem usar curativos exagerados. No dia seguinte deverá retornar para lavar a cabeça e ser controlado pelo cirurgião. O retorno às suas atividades habituais é imediato, devendo-se evitar atividade física e exposição solar pelo menos por 15 dias. Dor e edema podem ocorrer em graus variáveis, mas sedem com analgésicos comuns. Após uma semana são retirados todos os pontos da área doadora. Crostas se formam em cada enxerto posicionado e costumam cair de 7 a 12 dias após a cirurgia. O risco de infecção é pequeno mas quando ocorre responde muito bem aos antibióticos.
O paciente iniciará a ver algum resultado somente após o 3º mês de pós-operatório (neste intervalo, primeiramente ocorre uma queda do cabelo, mas a raiz fica no couro cabeludo). O resultado final poderá ser avaliado somente após 9 ou 12 meses. Os fios transplantados não irão cair nunca, pois não têm o gene sensível ao hormônio masculino.
Microcorrente, Eletroporação e Fotomodulação com LEDS, poderão ser utilizados, separados ou em conjunto, para acelerar a recuperação e o resultado pós-operatório. Carboxiterapia e Cosmecêuticos vários podem complementar e otimizar o resultado final.