RINOPLASTIA (cirurgia de nariz)
O equilíbrio estético existente entre o nariz e a face deve ser estudado pelo cirurgião a fim de preservar a naturalidade e autenticidade dessa face. Cada caso é planejado minuciosamente, a fim de que se possa dar ao nariz a melhor forma possível, dentro das exigências da face e das limitações anatômicas. Quando o desejo do paciente coincide com nariz planejado, sem dúvida a aceitação do resultado é obtida. Cirurgião e paciente deverão estar de acordo com o resultado possível de se obter e devemos orientar aqueles pacientes que pretendem uma determinada forma de nariz sem se preocupar com todo o universo que o cerca.
Na maioria das vezes as cicatrizes não são aparentes, pois elas ficam escondidas dentro da cavidade nasal. Entretanto, em alguns casos, precisamos fazer algumas cicatrizes externas pouco aparentes (asas narinárias e entre as narinas) para se proporcionar um melhor resultado tanto de forma quanto funcional.
O edema (inchaço) que é visível após a retirada da imobilização (que ocorre geralmente em torno do 7º dia de pós-operatório), vai diminuindo com o passar dos dias e que tende a se normalizar em torno do 6º mês. Alguns pacientes podem obter o resultado final antes deste período e outros não, perdurando um edema residual por um período mais longo. Contudo, eventuais retoques na cirurgia são aconselhados somente após remissão completa do edema, e mesmo assim dificilmente antes de completado um ano de pós-operatório.
Quando o paciente apresenta dificuldade respiratória devido a algum problema intranasal (ex.: desvio de septo nasal), este poderá ser corrigido no mesmo ato operatório. Neste caso, a dificuldade respiratória no pós-operatório será um pouco mais longa (algumas semanas), mas tende a normalizar-se com o decorrer do tempo. Esta dificuldade respiratória é decorrente não só ao edema nas mucosas nasais como também uma dificuldade da válvula nasal por alteração de elasticidade das asas.
Pacientes com coriza constante no pré-operatório podem apresentar diminuição ou até mesmo desaparecimento desta sintomatologia, contudo sem ser assegurado para todos os casos. O importante é esclarecer que as funções respiratórias deverão ser preservadas após a rinoplastia.
O resultado de uma rinoplastia é duradouro, porém está sujeito a alterações morfológicas na região nasal com o decorrer dos anos.
Raramente a Rinoplasia determina sérias complicações. Entretanto, sendo um procedimento cirúrgico, ocasionalmente poderão ocorrer imprevistos na evolução. Felizmente, esses eventuais imprevistos são passíveis de correções posteriores, mediante revisões cirúrgicas. Os possíveis “imprevistos” não devem ser confundidos com as formas intermediárias pelas quais passa o nariz, no pós-operatório mediato, até que atinja sua forma definitiva.
Utilizamos tanto a anestesia local quanto a geral ou a associada. Ficará a critério do cirurgião e paciente decidirem qual o mais indicado em cada caso.
O ato cirúrgico dura entre uma e duas horas, dependendo das circunstâncias de cada caso. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória.
O período de internação poderá variar de meio período até dois dias, dependendo do tipo de anestesia empregada, do procedimento efetuado e da recuperação do paciente do pós-operatório imediato, e será sempre efetuado visando maior conforto e segurança ao paciente.
Quando é necessário fraturar os ossos nasais, deveremos manter o nariz imobilizado com gesso ou outro material imobilizante, que o recobre totalmente, permanecendo por cerca de 7 a 8 dias, período após o qual é retirado no consultório. O tamponamento nasal poderá ser deixado por 24 a 72 horas. Se for realizada a correção simultânea do septo, poderá ser ultrapassado este tempo, com eventual troca de tampões.
Um pequeno sangramento é normal nas primeiras 48 horas. Isto, entretanto, não deverá ser motivo de preocupação, a não ser que se verifique uma verdadeira hemorragia que é muito raro acontecer. Um curativo adicional, sobreposto à abertura do nariz, poderá ser trocado em casa, tantas vezes quanto necessário.
Dor não é freqüente no pós-operatório de uma rinoplastia que, contudo, é facilmente combatida com analgésicos. Normalmente o paciente se queixa do desconforto pela dificuldade respiratória, do edema dos olhos e da posição de dormir (sempre com a cabeça discretamente elevada do leito, mantendo a face voltada para cima).
No pós-operatório deverá ser utilizado um creme foto-protetor FPS 30 na face, evitando-se exposições ao sol diário. Para exposições longas (praias, banhos de sol), aconselha-se aguardar um período que pode variar de um a três meses dependendo da sua evolução.
Até que se atinja o resultado almejado, diversas fases evolutivas são características deste tipo de cirurgia. Edemas (inchaço), “manchas” de infiltrado sanguíneo, dificuldade respiratória nos primeiros dias, são comuns a todos pacientes; evidentemente, alguns apresentam estes fenômenos com menor intensidade que outros. Geralmente existe um período de euforia, logo que se retira o gesso ou o imobilizador (7º dia). Em raros casos, uma discreta ansiedade advém, em decorrência do aspecto transitório do edema e das manchas sanguíneas. Isto é passageiro e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final o quanto antes. Dê tempo, que seu organismo se encarregará de dissipar todos os pequenos transtornos que, infalivelmente, chamarão a atenção e alguma pessoa que não lhe poupará a pergunta: “... algo de errado não estará acontecendo?”. Tenha paciência. Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia estética do nariz deverá ser avaliado antes do 6º mês pós-operatório.
Microcorrente, Drenagem Linfática, Eletroporação e Fotomodulação com LEDS, poderão ser utilizados, separados ou em conjunto, para acelerar a recuperação e o resultado pós-operatório. Laser Nd Yag de 1064 nm, LIP (Luz Intensa Pulsada), Carboxiterapia, Thermacool, Cosmecêuticos e Preenchimentos vários podem complementar e otimizar o resultado final.