DERMOLIPECTOMIA CRURAL (cirurgia plástica das coxas)
O aparecimento de flacidez na porção interna das coxas, nos culotes e nádegas ocorre principalmente pela perda de turgor da pele com a idade, ou pelo excesso de pele que se forma pelo estiramento durante um período de sobrepeso e que com um grande emagrecimento não se contrai suficientemente. A dermolipectomia crural tem por objetivo retirar este excesso de pele, proporcionando um contorno da coxa mais natural e menos flácido. Dependendo do caso, poderá ser associada uma lipoescultura no local junto com a dermolipectomia ou previamente.
A cirurgia pode ser realizada sob anestesia peridural ou geral, dependendo do defeito a ser corrigido e das condições clínicas da paciente. A cicatriz resultante pode ficar localizada próxima à prega inguinal (linha inguinocrural) até o sulco subglúteo, alongar-se com uma cicatriz vertical estendendo-se inferiormente a coxa (podendo chegar até o joelho), ou no sulco subglúteo estendendo-se lateralmente até a articulação da coxa, dependendo do volume de pele excedente a ser corrigido. O tempo de duração da cirurgia varia de 2 a 4 horas e a internação normalmente e de 24 ou 48 horas.
O paciente tomará antibiótico profilático por uma semana e o banho é liberado no segundo dia de pós-operatório. Após o primeiro curativo coloca-se uma calça modeladora para ajudar a conter o edema pós-operatório e reduzir a tensão da ferida. O edema pós-operatório pode persistir por alguns meses, porém a drenagem linfática ajuda a reduzi-lo.
O paciente deverá mover-se o mínimo possível, evitando abrir muito as pernas nos primeiros quinze dias, de modo a reduzir o risco de alargamento da cicatriz. A tração natural exercida na cicatriz pelo andar e pela gravidade leva comumente a cicatriz a apresentar um alargamento nos primeiros meses. Quanto menor for a tração sobre a cicatriz, menor será o seu alargamento.
Os pontos serão retirados entre 7 e 15 dias. O paciente retorna gradativamente a exercer suas atividades habituais após 30 dias.
Complicações tipo hematoma, seroma, infecção, trombose, embolia, necrose (sofrimento da pele), deiscência (abertura da sutura) e quelóide são possíveis, mas pouco freqüentes. Algumas complicações são mais freqüentes em pacientes fumantes, por isso é recomendável que tais pacientes reduzam ou parem de fumar 30 dias antes da cirurgia, para minimizar os riscos. Em pacientes obesas, poderá ocorrer, após o 8º dia, a eliminação de quantidades variáveis de líquido amarelado por um ou mais pontos da cicatriz. Este fenômeno é chamado de "lipólise" e nada mais é que a liquefação da gordura residual próxima à área da cicatriz que está sendo eliminada, sem que isso venha a se constituir uma complicação.
De início, a cicatriz fica avermelhada e com o tempo vai clareando. Nessa fase é importante não tomar sol na cicatriz para esta não ficar definitivamente escura. Devido ao peso da pele da coxa, que fica causando tração sobre a cicatriz, é comum haver algum alargamento desta no decorrer da cicatrização. Deve-se aguardar de 6 a 12 meses para ser avaliado o resultado da cirurgia, tempo necessário para acomodação dos tecidos e amadurecimento da cicatriz. Toda e qualquer preocupação deverá ser transmitida ao seu médico.
Microcorrente, Drenagem Linfática, Eletroporação, Hidratação, Fotomodulação com LEDS, Endermologia e Estimulação Eletrônica Russa, poderão ser utilizados, separados ou em conjunto, para acelerar a recuperação e o resultado pós-operatório. Laser Nd Yag de 1064 nm, LIP (Luz Intensa Pulsada), Carboxiterapia, Thermacool e cosmecêuticos vários podem complementar e otimizar o resultado final.